Salu

Maciel Salú, jovem e talentoso rabequeiro, cantor e compositor, tem uma herança poético-musical privilegiada. Cresceu em contato permanente com vários mestres da Cultura Popular, tendo tido uma infância enriquecida pelos ritmos do Maracatu Rural, Cavalo Marinho, Ciranda e outros, cultivados em sua família com maestria por seu avô João Salú, e por seu pai, Mestre Salustiano.

O cantor iniciou sua trajetória musical nos grupos da família Salustiano ¬ os Quentes do Forró e o Sonho da Rabeca ¬, ao lado do seu pai e dos seus irmãos. Integrou-se em 1997 ao Chão e Chinelo, como vocalista, rabequeiro e um dos compositores da banda, que participou de festivais nacionais e internacionais, como o festival de Nantes, na França em (2000).

Posteriormente, Maciel seguiu seu caminho em viagens pelo mundo do som eletrônico, como integrante da Orquestra Santa Massa. No som desse grupo, Maciel imprimiu as notas de sua rabeca junto à guitarra e aos samplers do DJ Dolores. A parceria foi aplaudida no Free Jazz (Rio e São Paulo), e Abril pro Rock (Recife), além de no European Tour 2003, no qual fez shows por nove países europeus durante os meses de Junho Julho e Agosto. Por seu sucesso, a turnê foi ampliada para a América do Norte, mas precisamente em Nova Iorque, no festival Lincoln Center (2003).

Desde 2003, Maciel Salú iniciou seu trabalho solo, que segue firme a trajetória de sucesso do cantor. Destacam-se nele alguns trabalhos para trilhas sonoras, como o espetáculo Desatino do Norte e Desatino do Sul, interpretado pelo Balé Municipal de São Paulo, e para o curta-metragem Tejucupapo, produção pernambucana premiada em vários festivais.

Em 2005, Maciel Salú e o Terno do Terreiro representaram o nosso país na França, em dois festivais – o Hangar 23 e Banlieues Bleues –, tendo sido selecionados e convidados pelo Ministério da Cultura do Brasil e pela Comissão Francesa responsável pela organização do Ano Brasil na França.

" .... Tempo bom foi no passado
Na época do meu avô
O homem tá destruindo
O que a natureza criou
Planta semente na terra
Espera a chuva e não cai
Tão aborrecendo a Cristo
Por causa de tudo isso
Tempo bom ninguém vê mais ..."

Trecho da GAIOLA DA SAUDADE
(Jam da Silva / Maciel Salú)