A banda surgiu num encontro de casamento entre Marcelo D2 e Skunk, pelas ruas do Catete. D2 usava uma camisa do Dead Kennedys e Skunk, artesão e vendedor de camisetas de Rock, deu início a um diálogo que daí nasceu a amizade e vocação. Skunk falava de música todo o tempo e nesse momento D2 resolveu que queria ser músico. A banda não era para ser de Rap e sim de Rock, mas eles não sabiam tocar nada e queriam cantar.
O nome da banda foi tirado da revista americana High Times, especializada em cannabicultura, ou seja sobre o cultivo de maconha, e Hemp que, na língua inglesa, significa maconha, e para evitar problemas com a policia, colocaram o nome em inglês, porém a manobra do grupo, não durou muito, pois anos mais tarde do começo da banda, o grupo foi preso por apologia as drogas. Mais tarde, se juntaram à Skunk e D2, Rafael, Formigão e Bacalhau.
No palco os vocais falados do rap foram misturados com as guitarras psicodélicas e com letras que pediam a legalização da maconha com muita fumaça e zoeira. Desde o começo, o Planet Hemp se destacou por sua performance ao vivo.
Registraram uma única fita-demo e seguiram o circuito alternativo em apresentações no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e em festivais como o Juntatribo (Campinas) e Superdemo. A morte de Skunk, em 1994, quase decretou o fim do grupo. Mas B Negão, que era presente em todos os concertos, assumiu o outro vocal. A banda conseguiu um contrato com a Sony Music (Superdemo / Chaos) e gravaram Usuário (1995), Os Cães Ladram mas a Caravana Não Pára (1997) e A Invasão do Sagaz Homem Fumaça (2000). Solto já era ótimo, prensado ficou melhor ainda.
Trecho de Stab - album a invasão do sagaz homen fumaça -
Na moral ...
Com papel e caneta, te forneço o material pra feitura de seu alvará de sua altura espiritual
Não cesse suas preces, pensamentos negativos são como fezes
Infestam todo o lugar, à procura de alguém que os considere, que os preze
Por isso delete informações desse naipe do seu leque, e siga para o alto
Ao som hipnótico do stab
Eu levo a vida e não sou levado por ela
Na luta, bom guerreiro nunca amarela
Pra mim quando eu crescer, não me deixe enlouquecer
Só você sabe o que melhor para você
Eu levo o pique e vou em frente na parada
Não sou controlado e durmo com a alma lavada
Sigo o meu caminho, tranquilo e sozinho
EU MATO A COBRA E AINDA DOU BICO NO NINHO
Vários irmãos se recolhem e vão em frente, vários também escravizam sua mente
Eu sei bem, quebro a corrente onde passo implanto a minha semente
Gafanhotos nunca tomam de quem tem
Predadores, senhores que mentem, esperem sentados a rendição
Nossa vitória não será por acidente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário