domingo, 13 de setembro de 2009

Do Querosene a Ilha


A história de Ortinho começa à frente do Querosene Jacaré, uma das raras bandas de rock’n’roll autênticas surgidas à época do manguebeat. Com influências de Ave Sangria, Lula Côrtes e do psicodélico Alceu Valença [primeira fase], Você não sabe da missa um terço [1998] apresentou o impulsivo vocalista aos palcos do Brasil – seu carisma foi até parar no cinema, como se vê pela atuação como cangaceiro no filme Baile perfumado [de Lírio Ferreira e Paulo Caldas]. Parceiro de Chico Science, Otto, Lula Côrtes, Junio Barreto e Arnaldo Antunes, Ortinho aproximou sua veia roqueira do experimentalismo que bebia nas fontes da tradição, colorindo suas composições de côco, ciranda, forró, além de, lógico, maracatu e samba. O resultado foi o elogiado álbum Ilha do destino [2002]. Depois de quatro anos preenchidos por shows, gréias, exílios criativos e até programas de rádio e novas atuações no cinema [é impagável sua performance como traficante em Árido movie, de Lírio Ferreira], o caruaruense retorna com o afiado Somos [2006].


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TRECHO DE MULAMBO / ALBUM - ILHA DO DESTINO 2002

"Toda vez que ela passa eu fico pensando
Que ela vai atender ao meu pedido
Que ela vai querer, que ela vai gostar,
Ela vai querer ficar comigo
E dessa vez ela vai ouvir tudo que eu tive que...
Uma vez eu vou me livrar do castigo

De viver fingindo
De ser um sonâmbulo
De viver mentindo
De ser um mulambo
"


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